segunda-feira, novembro 29, 2010

Nos Rascunhos do email.

O que as pessoas buscam?
Será válido atribuir sua felicidade a outrém?
O que sou eu face ao outro?
O que é ser feliz?
Terão essas perguntas regular conexão? Sim? Não? Depende (...)?

O que as pessoas procuram ao escrever para um programa de TV de relacionamentos? Porque essa necessidade tal de se "juntar" ao outro?

Uma conversa no ônibus de viagem entre cidades durando quase três horas, um café da tarde que se estende a organização do guarda-roupa... Pessoas? Ter medo de se abrir a elas? Qual o limite que pode ser sentido para uma conversa casual? Será essa insegurança reflexo de julgamentos?

O que é a vida frente ao estabelecimento de relações pessoais? Será que é possível chegar a uma conclusão ao que mais torna a pessoa existencialista, ou melhor dizendo, mais humana perante a vida seja sua ou a vida como um todo?
Apontando três questões pode-se dizer que a perda de alguém ou de uma situação que em muito significa algo para você; ou uma doença repentina que, "por acaso" é descoberta; ou ainda --------------------- (não me lembro de fato qual seria o terceiro motivo que não volta a memória mesmo.)
Enfim...

Quando há a perda por algo e vivemos intensamente aquele luto, pensamos no porque de ter depositado tanta expectativa em algo. Na verdade, aquilo poderia não dá tão certo quanto esperávamos, porém mesmo assim continuamos tendo aquela situação como ideal, no sentido quase que utópico de realização e buscando incansavelmente aquela meta. Caso, tratemos de um ser humano, complica ainda mais, uma vez que o convívio já se deu e realmente a falta, o não-ter, o não-conversar, o não-olhar nos encomoda... O conflito de "matar" alguém vivo em nossas memórias pode nos levar a refletir também sobre o porque de prezarmos aquela pessoa como um ser significante no nosso viver.

Uma doença repentina nos alarma, nos faz pensar sobre o cuidado com o corpo enquanto algo que nos mantém vivo também, mesmo que não somente ele. Se descobrimos que nosso tempo de vida é restrito, a probabilidade de nos tornarmos pessoas mais intensas é tão grande, tão grande, que a vontade de viver imensamente nos espanta. O que é esse viver? Seria um correspondente ao medo/receio/temor de morrer? O desapego do corpo, da materialidade, implica uma preocupação implícita do que vem depois desse mundo, uma vez que não sabemos o que antecede? Qual o propósito de viver o "aqui", às vezes nem esse "aqui" é "material", partindo do pressuposto que desconhecemos seu antecessor ou sucessor, senão temos uma certeza do que é o depois? Será que atrelado à essa perda do que sabemos o que é esse mundo está a perda das relações estabelecidas?

Ps.: Pensamento inconcluído, mas de qualquer forma pode contribuir para alguma coisa... ou não? "Enfim . . ." pode ser válido, como o contrário pode ocorrer. Talvez hoje seja um dia de não ter uma resposta para o oito e nem para o oitenta! (=

Estava salvo nos Rascunhos do email e encontrado novamente hoje.


M.

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